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A FAMOSA SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS: SERÁ QUE VOCÊ TEM?

 

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O que é?

 

A Síndrome dos ovários policísticos, também conhecida como SOP, é um distúrbio endócrino complexo que afeta entre  5-12% das mulheres em idade fértil cuja causa não é ainda conhecida.

 

Ela representa a maior causa de diminuição das taxas de ovulação e do aumento dos “hormônios masculinos” e está associada com alguns distúrbios como:

 

  • obesidade: ocorre em metade dos casos;
  • Diabetes mellitus: risco 2 vezes maior de ocorrer;
  • resistência à insulina: ocorre em 50-70% das portadoras;
  • hipertensão arterial: risco 2 vezes maior de ocorrer;
  • síndrome metabólica: 2-4 vezes mais prevalente;
  • aumento dos níveis de colesterol.

 

Diagnóstico:

 

Para que haja SOP são precisos 2 dos 3 critérios a seguir, após exclusão de outras doenças:

 

  • intervalos longos entre os períodos menstruais ou ausência de menstruação por mais de 3 meses (critério válido apenas 2 anos após a primeira menstruação ocorrer);
  • acne, excesso de pêlos ou queda de cabelo ou aumento dos hormônios que causam esses sintomas;
  • ovários policísticos visualizados no exame de ultrassonografia pélvica.

 

Tratamento:

 

A abordagem do tratamento visa reduzir sintomas e sinais indesejáveis e o risco associado às complicações metabólicas das mulheres com SOP:

 

  • mudança dos hábitos de vida: dieta para perda de peso, se necessário, e prática de exercícios físicos;
  • regulação do ciclo menstrual e redução das manifestações hormonais;
  • desejo de gestação: após 6 meses de tentativas, considerar exames adicionais e indução da ovulação.

 

Em caso de dúvidas, apresente-as ao seu ginecologista. Ele é o profissional capacitado para esclarecê-las e ir ao encontro do que você precisa.  

 

Dra. Sílvia Ferreira Leite

Corrimento vaginal – uma queixa comum das mulheres

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Corrimento vaginal – uma queixa comum das mulheres

 

Corrimento vaginal é a causa mais frequente de consulta ao ginecologista.

No entanto, muitas vezes, as pacientes vão aos consultórios médicos queixando-se dessa condição, quando na verdade possuem apenas a secreção vaginal normal que é produzida naturalmente em todas as mulheres.

Tal secreção, chamada de “fisiológica” por ser da natureza do organismo feminino, pode variar conforme a fase do ciclo menstrual e com as etapas do ciclo de vida feminino, diminuindo, por exemplo, após a menopausa.

A secreção vaginal normal é produzida por algumas glândulas da vulva, da vagina e do colo do útero e se apresenta como um corrimento transparente ou branco, inodoro, com um aspecto de muco e homogêneo.

O corrimento vaginal verdadeiro seria a alteração das características da secreção vaginal natural e pode ocorrer pela proliferação anormal de microorganismos já pertencentes à flora vaginal ou que foram sexualmente transmitidos. São denominados de vulvovaginites.

Os principais corrimentos nas mulheres são a Candidíase vulvovaginal e a Vaginose bacteriana.

 

Vaginose bacteriana

É a causa de 40% a 50% das vulvovaginites e é desencadeada por um desequilíbrio inexplicado da flora vaginal, ocorrendo diminuição acentuada dos lactobacilos presentes na vagina de todas as mulheres e aumento excessivo das bactérias anaeróbicas que também são comuns à vagina de toda a mulher.

Merece destaque como organismo causador a bactéria Gardnerella vaginalis.

Apresenta-se com um corrimento vaginal homogêneo, branco-acinzentado, algumas vezes bolhoso e com odor fétido, especialmente após relação sexual ou no período menstrual.

O tratamento é feito com antibiótico via vaginal em forma de pomadas ou via oral com comprimidos e não é necessário tratar o parceiro.

 

Candidíase vulvovaginal

É caracterizada pela infecção da vulva e da vagina pelas várias espécies de Candida, um tipo de fungo.

Merece destaque a Candida albicans que habita a vagina de um terço das mulheres.

É a segunda maior causa de corrimento vaginal e queixa muito comum em algum momento da vida da mulher.

A queixa é de coceira na vulva e na vagina associada a corrimento branco, grumoso e inodoro, com aspecto de “leite coalhado” ou papel picado. A mulher pode apresentar vermelhidão e ardor dos órgãos genitais externos, dor ao urinar e durante as relações sexuais.

Causas de candidíase:

  1. Gravidez;
  2. Diabetes melito;
  3. Obesidade;
  4. Uso de antibióticos;
  5. Obesidade;
  6. Uso de corticóides;
  7. Uso de anticoncepcionais orais;
  8. Hábitos de higiene inadequados;
  9. Uso de roupas justas, meias de nylon e calcinhas não feitas de algodão;
  10. Contato com substâncias alérgenas ou irritantes;
  11. Imunodeficiências, incluindo a infecção pelo HIV;
  12. Estresse emocional

O tratamento é feito com antifúngicos e pode ser local com o uso de pomadas vaginais ou oral com o uso de comprimidos.

O parceiro não precisa ser tratado a não ser que tenha sintomas ou que a mulher tenha apresentado quatro ou mais episódios no ano.

 

Na dúvida, procure sempre seu ginecologista. Ele poderá tirar suas dúvidas e tratá-la sempre que for necessário.

 

Dra. Sílvia Ferreira Leite

 

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